21 março 2010

EU SALVEI UM CACHORRO!

Era uma manhã de sexta-feira quando acordei exatamente às seis horas com os latidos agonizantes dos meus cachorros e de um choro alto, tão alto de outro cão, que não me deixava mesmo voltar a dormir. Desci até o quintal (pois meu quarto é no segundo andar e por sorte ou azar, na parte de trás da casa próximo ao quintal), fui direto ver o que era e não entendi. Peguei a Babi (minha filha linda e gostosa) e a trouxe para o meu quarto. Minha irmã disse que o choro de era algum cachorro perdido ou ferido dentro do mato (para quem não sabe, atrás da minha casa tem um terreno no alto que dá no morro, É, BEM NO MORRO), eu tentei voltar a dormir e fingir que nada ouvia, mas isso foi impossível. Eu estava ali na minha cama, mas meu pensamento lá fora com o choro de um cãozinho que pedia minha ajuda! Claro que era MINHA AJUDA, eu tomei isso pra mim de uma forma, como se eu tivesse alguma culpa daquela situação, mesmo sabendo que não tinha! E nessa de tentar dormir e não conseguir, levantei e vesti uma roupa de combate: calça até a canela, meia, tênis e um blusão velho! Eu estava ridícula! Eu me vestia e olhava para o terreno pensando como eu subiria ali (era no alto). Então peguei uma escada e subi. De cara vi caramujos africanos, o que já me deu raiva, porque odeio esses bichos! Pedi a minha irmã um pouco de sal e matei os quatro que ali encontrei. Mas e o pobre cachorro? Continuava a chorar. Com uma vassoura fui afastando o mato e então... ali estava ele. Caído de cabeça para baixo em uma pequena erosão com as quatro patas agarradas em galhos  e uma de suas pastas presa a um arame farpado, ele logo parou de chorar quando me viu. Ali eu juro que troquei olhares com ele. É uma coisa que muita gente não entende e nunca vai entender. Ele sabia que eu ia ajudá-lo, ele sentiu isso em mim e eu procurei passar pra ele que ele podia confiar em mim, que eu era a salvação dele. Com as mãos eu não consegui arrebentar os galhos, então pedi um facão pra minha irmã e fui cortando aos poucos, tirei a patinha dele do arame e quando ele se desprendeu, caiu . Ele não conseguia andar. Sabe lá Deus quanto tempo ele estava ali... acredito que horas... estava fraco para andar. Peguei aquele pobre cão no colo e o levei para frente de minha casa. Tentei dar um banho, mas ele sentia muito frio, então dei ração e ele caiu dentro! Água ele não quis, de jeito algum. Eu sabia que não ia poder ficar com ele, mas isso não me impediria de fazer algo por ele. Preparei uma cama na minha calçada feita com plástico, jornal e pano e o coloquei ali. Foi quanto tirei a primeira foto:














Só quem já passou por essa situação sabe o quanto é recompensador quando eles balançam o rabinho pra você e deitam no seu pé te pedindo um carinho.

é isso